sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

IMPEDIMENTO DO IMPEDIMENTO

Utilizar em português a palavra impedimento, no sentido da tradução da palavra em inglês Impeachment, prefiro fazer um rompimento linguístico de utilizamos cerca de quatrocentas palavras imperialistas estadunidenses e ou britânicas uma submissão colonialista.
Parece um fundamentalismo religioso, da nossa base de formação cristão, esse pensamento conservador parece que talvez influência na coisa de que um presidente salva a pátria.
Falar em humildade é uma coisa ter humildade é outra coisa, manter um certo puritanismo é coisa da esquerda em não se perder no poder. Sempre escutei no PT que os igrejeiros não queriam se sujar e política é sujeira.
Essas retóricas muitas vezes servem de manobra política para impedir que outros assumam espaços de poder, daí é mais revolucionário o mais profissional e neste sentido fazem as manobras. A questão agora é se Dilma e seu governo tem a capacidade de fazer a manobra política convencendo a maioria para impedir o Cunha e de impedir o impedimento de Dilma.
Não é uma questão só do PT, mas sim da sociedade burguesa e elitizada que a mídia esconde. A realidade é muito mais dura do que a vontade política, a justiça é negligente e deixa em impune a elite e condena os pobres e neste caso o PT é um governo para, do e com os pobres é marginalizado e pisado pela grande mídia e a maioria dos tradicionalistas, formalistas dos juristas são da tradição e da propriedade privada, Arena, PDS, PFL, PSDB, PMDB, PP, PTB, PSD etc.


Os últimos 35 anos e talvez desde 1930, vivemos um congelamento da política e o Estado moderno brasileiro tem seus vícios patrimonialistas, clientelistas, populistas, centralista etc. Meio que o PT mudou um pouco com o Bolsa família, minha casa minha vida. Digamos que essas e outras migalhas são uma semente para outros avanços maiores e esse é o medo da elite brasileira e temos um retrocesso com a mobilização de todo tipo de direita.
Neste sentido o impedimento do impedimento fica a dúvida quem chuta primeiro, que vai além da retórica de que Dilma mente que Cunha acusa os governistas e Wagner diz que Cunha é que mente. O que temos é um formalismo jurídico em que Cunha o presidente do congresso recebeu a bolada no saco e conta com a elitização da justiça a seu favor com o velho patrimonialismo, clientelismo, populista.
O Partido dos Trabalhadores conta com o desgaste de Eduardo Cunha e até por ser do partido do vice Temer, PMDB. Nas apostas de quem cai primeiro parece que a corda mais fraca é Eduardo Cunha, que dificilmente terá o número de votos para impedir Dilma Rousseff, PT de continuar governando o país. Os ratos estão abandonando o Eduardo Cunha e certamente ele o presidente do congresso nacional perderá o cargo que lhe foi empossado e não lhe é digno e poderá cair nas mãos de outro da mesma estirpe.
É fato o Partido do Movimento Democrático Brasileiro a tempos vem se perdendo no poder. O repensar do poder que esse momento histórico junto com o desejo de mudança dos brasileiros poderemos ter uma onda de ética na política brasileira é a esperança que nutre na mente de cada um de nós no sentido de melhorar ainda mais a nossa realidade.

A fragmentação do Congresso Nacional na esperança de eleger um outro presidente do Congresso Nacional para moralizar a casa. Outro ponto forte é a capacidade de articulação do campo da esquerda. O PT, PCdoB, PSB, poderá receber apoio da Rede, PSOL, PSTU, PV, PPS, mesmo que seja somente momentâneo para derrubada de Eduardo Cunha é um avanço para a democratização do Congresso Nacional.

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