Utilizar em português a palavra impedimento, no sentido da
tradução da palavra em inglês Impeachment, prefiro fazer um rompimento linguístico de utilizamos
cerca de quatrocentas palavras imperialistas estadunidenses e ou britânicas uma
submissão colonialista.
Parece um
fundamentalismo religioso, da nossa base de formação cristão, esse pensamento
conservador parece que talvez influência na coisa de que um presidente salva a
pátria.
Falar em
humildade é uma coisa ter humildade é outra coisa, manter um certo puritanismo
é coisa da esquerda em não se perder no poder. Sempre escutei no PT que os
igrejeiros não queriam se sujar e política é sujeira.
Essas
retóricas muitas vezes servem de manobra política para impedir que outros
assumam espaços de poder, daí é mais revolucionário o mais profissional e
neste sentido fazem as manobras. A questão agora é se Dilma e seu governo tem a
capacidade de fazer a manobra política convencendo a maioria para impedir o
Cunha e de impedir o impedimento de Dilma.
Não é uma
questão só do PT, mas sim da sociedade burguesa e elitizada que a mídia
esconde. A realidade é muito mais dura do que a vontade política, a justiça é
negligente e deixa em impune a elite e condena os pobres e neste caso o PT é um
governo para, do e com os pobres é marginalizado e pisado pela grande mídia e a
maioria dos tradicionalistas, formalistas dos juristas são da tradição e da
propriedade privada, Arena, PDS, PFL, PSDB, PMDB, PP, PTB, PSD etc.
Os
últimos 35 anos e talvez desde 1930, vivemos um congelamento da política e o
Estado moderno brasileiro tem seus vícios patrimonialistas, clientelistas,
populistas, centralista etc. Meio que o PT mudou um pouco com o Bolsa família,
minha casa minha vida. Digamos que essas e outras migalhas são uma semente para
outros avanços maiores e esse é o medo da elite brasileira e temos um
retrocesso com a mobilização de todo tipo de direita.
Neste
sentido o impedimento do impedimento fica a dúvida quem chuta primeiro, que vai
além da retórica de que Dilma mente que Cunha acusa os governistas e Wagner diz
que Cunha é que mente. O que temos é um formalismo jurídico em que Cunha o
presidente do congresso recebeu a bolada no saco e conta com a elitização da
justiça a seu favor com o velho patrimonialismo, clientelismo, populista.
O Partido
dos Trabalhadores conta com o desgaste de Eduardo Cunha e até por ser do
partido do vice Temer, PMDB. Nas apostas de quem cai primeiro parece que a corda
mais fraca é Eduardo Cunha, que dificilmente terá o número de votos para
impedir Dilma Rousseff, PT de continuar governando o país. Os ratos estão
abandonando o Eduardo Cunha e certamente ele o presidente do congresso nacional
perderá o cargo que lhe foi empossado e não lhe é digno e poderá cair nas mãos
de outro da mesma estirpe.
É fato o
Partido do Movimento Democrático Brasileiro a tempos vem se perdendo no poder.
O repensar do poder que esse momento histórico junto com o desejo de mudança
dos brasileiros poderemos ter uma onda de ética na política brasileira é a
esperança que nutre na mente de cada um de nós no sentido de melhorar ainda
mais a nossa realidade.
A fragmentação
do Congresso Nacional na esperança de eleger um outro presidente do Congresso Nacional
para moralizar a casa. Outro ponto forte é a capacidade de articulação do campo
da esquerda. O PT, PCdoB, PSB, poderá receber apoio da Rede, PSOL, PSTU, PV,
PPS, mesmo que seja somente momentâneo para derrubada de Eduardo Cunha é um
avanço para a democratização do Congresso Nacional.
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